quinta-feira, 30 de setembro de 2010

A Associação de Cineclube do Rio formula carta balanço da atual secretaria de cultura do estado.

Prezados,

Segue abaixo um breve histórico e análise, propostos pela ASCINE-RJ (Associação de Cineclubes do Estado do Rio de Janeiro), das políticas públicas voltadas para o cineclubismo, implementadas pelas atuais gestões dos governos estaduais de Pernambuco, Pará e Rio de Janeiro. Acreditamos ser um momento propício para isso, pois é necessário fazer um balanço dos últimos quatro anos, logo agora, às vésperas de decidirmos se queremos novas gestões ou a continuidade (com avanços) das que estão em exercício.


O recorte Pernambuco, Pará e Rio de Janeiro, traz ao documento ainda maior relevância, pois estes são os três estados brasileiros com movimentos cineclubistas organizados, respectivamente, FEPEC (Federação Pernambucana de Cineclubes), ParaCine (Federação Paraense de Cineclubes) e ASCINE-RJ (Associação de Cineclubes do Estado do Rio de Janeiro).


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Observando-se a atuação da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (FUNDARPE), nota-se o diálogo estreito com o movimento cineclubista de seu estado, sempre procurando apoiá-lo, prestigiá-lo e fortalecê-lo para sua organização e ampliação.


O movimento cineclubista pernambucano passou a ter uma atuação mais coordenada a partir de 2006 e logo em 2008 a FUNDARPE realizou o I Encontro de Cineclubes Pernambucanos, que deu origem a FEPEC. Ainda no mesmo ano, a Fundação aprovou, publicou e tornou possível o primeiro edital brasileiro com categoria especifica para fomento à atividade cineclubista, todo escrito pela FEPEC, além de contratá-la para ministrar cinco oficinas de formação cineclubista em cidades do interior do estado.


Em 2009, em parceria, FUNDARPE e FEPEC realizaram o Seminário “Circuito em Construção – Auto-sustentabilidade Cineclubista” e na formação de um júri específico da Federação para contemplar um filme com o “Prêmio Cineclubista – Melhor Filme para Reflexão” nos festivais realizados pelo governo. E, novamente, a FEPEC foi chamada para ministrar 10 oficinas em diversas regiões do estado incluindo a metropolitana.


Neste ano, FUNDARPE e FEPEC reeditaram as parcerias no Prêmio Cineclubista e em mais 10 oficinas, agora em escolas estaduais situadas nas regiões do Pacto pela Vida. Numa ação colaborativa de enorme proporção no audiovisual pernambucano, FUNDARPE, FEPEC e outras entidades do segmento do audiovisual, realizam o CineCabeça no Cinema São Luis. O CineCabeça consiste em sessões cineclubistas com acesso livre aos sábados para o publico em geral e, de quarta a sexta, leva alunos das escolas publicas através do Cine Escola e do Centro de Atitudes.


Segundo Gê Carvalho, Presidente da FEPEC, “estas ações foram fundamentais para o crescimento da atividade cineclubista, bem como para o aumento do numero de filiados a FEPEC (de 7 para 33 em dois anos)”.


Importante lembrar que no último dia 21, o Governo estadual lançou a edição 2010/2011 do Funcultura/Audiovisual (Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura), chegando à marca de R$ 20 milhões investidos no fomento a projetos independentes. Dentre as diversas categorias encontra-se Incentivo ao Cineclubismo: este ano, o teto é de R$ 100 mil para as modalidades de criação, manutenção de cineclubes, além de integração de linguagens (algumas delas destinadas a pessoas físicas e jurídicas).


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Após dois anos de intensa agitação cultural, o movimento cineclubista organizado paraense recentemente fundou a ParaCine. A sua relação com a Secretaria de Estado de Cultura (Secult-PA) tem outro testemunho a nos dar, de uma caráter de início de construção.


Francisco Weyl, Coordenador Geral da ParaCine, afirma que “uma das maiores conquistas alcançadas pela Secretaria foi a consulta pública para que representantes de diversas linguagens e categorias artísticas e culturais pudessem participar do Conselho Estadual de Cultura, nomeado, mas ainda não empossado”. Nesse sentido, ele sente que “houve uma virada institucional: estímulo às produções culturais de todos os setores (eruditos e populares); reconhecimento (e sutil modificação) de projetos que já estavam na agenda cultural do Estado (Festival de Ópera); e o fortalecimento (e/ou o resgate e/ou o estímulo à criação de novos) grupos informais e entidades da capital e de vários municípios do Pará”. O cineclubismo entraria neste último item.


Essa mudança de tratamento às entidades e grupos culturais estaria disseminada em diversos órgãos do governo estadual, ainda que de fato não plenamente articulados entre si, e apesar da ausência de uma política pública mais clara e diretamente direcionada ao cineclubismo.


Atualmente, um maior abrigo à atividade cineclubista localiza-se em um trabalho de pessoas ligadas à ParaCine na realização de sessões em escolas (com apoio tímido da UEPA e da Seduc-PA); através do projeto INVOACINE da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Pará (FAPESPA), que forma jovens cineclubistas, além de fundar cineclubes; e na parceria com a TV/Portal Cultura, que vai disponibilizar uma agenda pública e revelar o espaço ocupado pelo cineclubismo no Estado.


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O movimento cineclubista organizado fluminense data de 2004 e constituiu sua entidade de representação, a ASCINE-RJ (Associação de Cineclubes do Estado do Rio de Janeiro), em 2006.


Desde dezembro do referido ano, quando Luiz Paulo Conde ainda não havia assumido a pasta, a associação vem entregando sistematicamente à Secretaria de Estado de Cultura (SEC) um documento que objetiva auxiliar o crescimento do audiovisual no Rio de Janeiro, além de estabelecer uma potente rede de comunicação audiovisual entre todos os seus municípios, elaborado e assinado ao lado de ABDeC-RJ (Associação Brasileira de Documentaristas e Curta-Metragistas – Seção Rio de Janeiro) e FEPA-RJ (Fórum das Experiências Populares em Audiovisual). O então Secretário, em sua gestão, jamais recebeu algumas dessas três entidades.


Em 2007, Luiz Paulo Conde sai da Secretaria e é substituído pela ex-cineclubista Adriana Rattes. O documento é reenviado algumas vezes e, até hoje, permanece ignorado. Nenhuma de suas solicitações, demandas ou propostas foi acatado ou ao menos acena uma hipótese mínima de concretização. Com a nova Secretária, é importante destacar que, enfim, a ASCINE-RJ passou a ser recebida pela SEC. Contudo, oportunidades históricas para o surgimento da mais importante rede estadual de cineclubes foram sendo perdidas sucessivamente.


Podemos começar falando das Salas Oscarito, circuito criado pela SEC na gestão Rosinha Garotinho, sob coordenação da então superintendente do audiovisual Carmem Vargas, que não mereceu qualquer olhar mais ou menos atento até o presente momento, apesar de ser contemplado nas propostas da ASCINE-RJ. Estas salas compõem um circuito de mais de 20 espaços fora da capital do estado completamente desarticulado, muitas sem funcionamento e algumas com equipamentos subtraídos.


Ainda que aprovado pela Lei de incentivo à Cultura do Rio de Janeiro, a 27ª Jornada Nacional de Cineclubes – projeto elaborado pelo Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros (CNC) e pela ASCINE-RJ – foi realizada em Minas Gerais. Recordamos que Antônio Claudino de Jesus (Presidente do CNC e Vice-Presidente da Federação Internacional de Cineclubes) veio ao Rio de Janeiro, na tentativa de articular junto à SEC apoio para a realização da Jornada no Estado. Porém, desta reunião não vieram nem promessas de financiamento tampouco de articulações de apoios institucionais. Claudino de Jesus sai do Rio de Janeiro sem ser recebido pela Secretária, pessoa responsável pela única Jornada Nacional ocorrida no estado, na década de oitenta. Sem recursos, o CNC transfere o evento para Minas, onde em cerca de três meses todos os recursos, preparativos e realização são levantados e executados. Para garantir a presença de uma expressiva delegação fluminense, a SEC oferece uma única van.


No início do ano passado, a ASCINE-RJ é convidada pela SEC para organizar oficinas de capacitação cineclubista em alguns dos Núcleos de Cultura a serem implantados em todas as 400 escolas da rede estadual. Em um primeiro momento, duas escolas receberiam as oficinas: uma no bairro de Santa Cruz e outra no município de São João de Meriti, no bairro de Coelho da Rocha. A previsão de início das oficinas era abril de 2009. Passou para junho e depois para outubro do mesmo ano. A ASCINE-RJ não foi mais procurada para tratar do assunto. Já no fim de 2009, a associação realizou oficinas de capacitação cineclubista para os contemplados de um edital nacional promovido pela ação Cine Mais Cultura, Ministério da Cultura. Desde seu início, é a primeira vez que a associação é remunerada por ministrar oficinas e, no contato com os vários contemplados, experimenta um grande aumento de cineclubes filiados, ganhando expressividade no interior do estado. Encerrando o ano, a ASCINE-RJ inicia diálogo com a SEC para a realização de um Encontro de Exibidores Não Comerciais do Estado do Rio de Janeiro. Seria o primeiro encontro do tipo no país, reunindo de forma inédita cineclubes (por volta de 100 em todo o estado), pontos de cultura, unidades exibidoras do Sistema S, universidades, etc.


Ao longo de 2010, ASCINE-RJ e SEC conversaram diversas vezes sobre o Encontro, porém, chegamos ao fim deste ano com a confirmação da Secretaria de que ela não tem recursos para o evento, sugerindo que a associação apresente o projeto para o ano que vem (mesmo sem saber se a atual gestão se manterá). Contudo, o Encontro iria se realizar à propósito 28ª Jornada Nacional de Cineclubes, a ser realizada em dezembro, em Recife. Seria a oportunidade do cineclubismo fluminense chegar melhor preparado, com propostas que possam fazer jus ao seu destaque nacional. Infelizmente, há ainda o perigo da delegação fluminense não ir, pois a SEC, novamente alegando falta de recursos, informou que não será possível apoiar a ida dos filiados da ASCINE-RJ. Por fim, a associação sugere a realização de um debate em que, pela primeira vez, reuniria 4 lideranças do cineclubismo brasileiro e internacional (ASCINE-RJ, FEPEC, ParaCine, CNC, FICC) debruçando-se sobre o tema "Organização e Conquistas do Movimento Cineclubista no Brasil e no Mundo”. Sob a alegação de falta de recursos, a SEC descartou a possibilidade de custear 3 passagens aéreas e sugeriu a realização de uma videoconferência com a participação de apenas uma pessoa em conexão.


Aproximando-se o fim do ano, novamente a ASCINE-RJ é convidada pela ação Cine Mais Cultura para ministrar oficinas, agora para 51 instituições fluminenses contempladas em seu edital estadualizado, além de outras entidades suplentes em outros editais. Vale ressaltar que este edital é mais um passo da política de descentralização e empoderamento social do Ministério da Cultura (inclusive, indiretamente, beneficiando a própria ASCINE-RJ), e, de forma alguma, pode ser encarado como uma política pública para a cultura da SEC. Aliás, a Secretaria, em quatro anos, lançou somente uma bateria de editais, onde um deles supostamente destinava-se também a cineclubes. Contudo, exibidores comerciais e não-comerciais (cineclubes) foram tratados como iguais, mas têm naturezas e desdobramentos de atividades absolutamente diferentes (vide Instrução Normativa 63 da ANCINE).


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Durante o período apresentado, a ASCINE-RJ realizou parcerias com os principais Festivais/Mostras que acontecem no estado (Mostra do Filme Livre, CurtaCinema, Visões Periféricas, etc), sendo uma prática pioneira desde a rearticulação do movimento cineclubista nacional, em 2003. Através delas os cineclubes podem garantir filmes para suas sessões; ganhar espaço nos catálogos através de seção própria; conseguir a realização de um debate sobre tema cineclubista na sede do festival; incrementar o banco estadual de filmes através da inclusão na ficha de inscrição de cláusula facultativa ao diretor do filme de cessão de direitos de exibição. Os festivais podem chegar a vários novos locais (inclusive outros municípios) e, desta forma, ter acesso a novos públicos; aumentar o número de locais de exibição, espectadores, meios e espaços de divulgação.


Outra prática lançada pela ASCINE-RJ, feita totalmente de modo voluntário e sem recursos, é a contabilização do público cineclubista. De setembro a dezembro de 2007, 25 cineclubes filiados realizaram 178 sessões, exibindo 574 filmes, mobilizando 8.811 espectadores. Ao longo de 2008, 21 cineclubes realizaram 220 sessões, exibindo 647 filmes, com 16.190 espectadores. Já em 2009, 17 cineclubes realizaram 190 exibições, com 544 filmes para 10.853 espectadores. De janeiro a abril de 2010, foram realizadas 54 sessões para mais de 3 mil pessoas.


Importantíssimo destacar que, de 2007 a 2010, raros são os cineclubes que realizaram sessões de forma ininterrupta ou que, de forma mais trágica, ainda existam. Baseado nos dados, é bastante revelador que um número baixo de cineclubes possa realizar uma quantidade alta de sessões (entusiasmo, vontade dos grupos) e que, por vezes, o contrário também aconteça (cansaço e falta de meios da Diretoria ASCINE-RJ em levantar os números; esgarçamento da relação entre cineclubes na falta de recursos para manterem suas sessões e/ou troca de práticas e experiências e/ou fortalecimento de comunicação). O movimento fluminense, a duras penas, ainda se mantém articulado, mas vem sentindo a ausência completa de atuação do poder público estadual, o que resulta em uma certa estagnação. Estagnação essa que, em se tratando de um movimento sociocultural, pode significar início de falência.


Encontros, debates, palestras; editais, linhas de financiamento; revisão de leis e de tributações; articulação com demais secretarias, parlamentares e o empresariado, ou seja, a existência de uma política pública cultural, voltadas para o cineclubismo são fundamentais para o surgimento, estímulo, fortalecimento, consolidação e ampliação de cineclubes e de seu movimento organizado. Na verdade, isso vale para todos os segmentos culturais. Em particular, o audiovisual não experimentou isso nos últimos quatro anos. Há o Cinema Para Todos, programa cujo objetivo é estimular a formação de público para o cinema nacional através da distribuição de vales-ingresso gratuitos a alunos, professores e diretores da rede pública estadual. Ainda que seja importante valorizar a cadeia de salas comerciais de cinema do interior, o programa é falho por não dar conta da continuidade da ida do aluno às sessões por não ser uma ação:


1 – de longo prazo e que permita a frequência, ao menos, semanal do aluno (cultivar o hábito);

2 – que possibilite a realização de debates após todas as sessões;

3 – que viabilize sistematicamente a freqüência de alunos que não contam com dinheiro para o transporte.


Ou seja, a primeira edição do programa utilizou-se de cerca de 900mil reais para o repasse de verba pública para entes privados. Caso fosse aplicado em cineclubismo nas escolas, tendo como parâmetro a ação Cine Mais Cultura (equipamentos permanentes + 104 DVDs de produções nacionais definitivamente doados + oficina de capacitação audiovisual e cineclubista para o empoderamento dos alunos, mobilizando a comunidade local, reinventando o espaço da escola), seriam 60 instituições beneficiadas. Segundo Claudino de Jesus, Presidente do Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros (CNC) e Vice-Presidente da Federação Internacional de Cineclubes (FICC) e membro do Conselho da Secretaria do Audiovisual (SAv) do Ministério da Cultura, “é inaceitável que gestores culturais públicos insistam em serem criadores de políticas públicas, numa atitude medieval de tentar impor à sociedade, que é quem produz cultura, ações governamentais descoladas da realidade social e que não têm sintonia com a realidade da sociedade. Esta sim, a verdadeira produtora de cultura e base fundamental (estética, conteudística e financeiramente) de todo e qualquer processo e produto cultural produzido no país. E, constrangidamente, assisto a atitudes autoritárias e desvalorizadas por parte de dirigentes públicos, que parecem negar sua história e que assumem atitudes inaceitáveis por parte de quem não abandonou seus princípios e valores democráticos e seus compromissos com o PÚBLICO, que lhes mantém, sustenta e fornece o substrato do imaginário, da poética e, fundamentalmente, dos recursos financeiros que são manipulados por estes atuais dirigentes. O Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros e a Federação Internacional de Cineclubes declaram sua indignação frente a atitudes como esta, e seu protesto ante tais atitudes absolutamente desrespeitosas para com o público. Por fim, quero declarar que espero que os “tapetes vermelhos e as grifes” não venham a se sobrepor ao real trabalho cultural brasileiro, especialmente no Rio de Janeiro que é considerado por todos nós, brasileiros, a capital cultural do país. O Rio de Janeiro merece muito mais!” Após o resultado do pleito que se avizinha, a ASCINE-RJ procurará o responsável pela gestão dos próximos quatro anos no Estado do Rio de Janeiro e apresentará suas propostas e demandas bem como este balanço, deixando claro que não suportará a reprise deste filme.


Sempre abertos ao debate,


Flávio Machado - Diretor de Relações Institucionais, cinemofo@gmail.com

Leonardo Oliveira - Diretor Administrativo, leo.1301@yahoo.com.b

Matheus Topine - Diretor de Comunicação, matheustopine@gmail.com

Maycon Santos - Diretor Financeiro, mayconbemtv@gmail.com

André Sandino - Diretor de Acervo e Difusão, sandinoandre@gmail.com


ASCINE-RJ: ascinerio@gmail.com

Mais informações: http://ascinerj.blogspot.com/

Conselho Nacional de Cinelcubes Brsieliros – CNC – www.cineclubes.org.br

Federação Internacional de Cineclubes – FICC - www.filmklubb.no/IFFS /

www.mundokino.net

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Público Cineclubista no Rio de Janeiro

Já se encontra disponibilizada aqui no blog, na coluna direita um espaço referente aos relatórios de contabilidade do público dos anos de 2007, 2008 e 2009.

Desde de setembro de 2007 a associação tem recolhido dados das sessões de seus filiados: filme exibido, local, data, hora, e quantidade de público... Ao final desses três anos produzimos um material muito rico sobre o desenvolvimento da atividade cineclubista no nosso estado, seus meses de pico, regiões com maior atividade, tipos de filmes exibidos.

Convido a todos que dêem uma olhada nesses arquivos e verifiquem a evolução do movimento cineclubista fluminense nesses três anos

Abraços!!

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Próxima reunião do Pcult _RJ, dia 24 de Setembro , sexta feira ás 18h

Caros, nessa sexta temos reunião do Pecult –RJ no Beco do Rato ás 18 horas .

O encontro é com Molon , candidato a deputado federal pelo PT. Iniciaremos a conversa ás 18 horas. O Beco do Rato fica na Joaquim Silva 11, Lapa , quase na Gloria .

Estão convidados todos os artistas, produtores, gestores, ativistas culturais e toda a sociedade civil, para participarem dessa e de todas as reuniões.

Um forte abraço e ate sexta .

Fonte :http://www.partidodacultura.blogspot.com/

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Carta de Porto Alegre 8º Congresso Brasileiro de cinema e áudio visual .

O Congresso Brasileiro de Cinema, com a participação de 380 representantes de 64 entidades dos diversos segmentos das cadeias produtiva e criativa do cinema e do audiovisual dos 27 estados, reunido em sua oitava edição de 12 a 15 de Setembro de 2010, na cidade de Porto Alegre, tendo como objetivo avaliar e refletir sobre a implementação das políticas propostas no III CBC, ocorrido nesta cidade em 2000 e os desafios que se apresentam na atualidade, através das resoluções aprovadas manifesta:
Reiteramos a fidelidade aos princípios expressos na Convenção Internacional sobre a diversidade cultural da UNESCO e a crença no potencial da criatividade do nosso povo como importantes instrumentos para desenvolvimento cultural e afirmação da nação brasileira.
Reconhecemos os avanços já conquistados nesta última década nas políticas públicas do audiovisual, mas queremos mais. Queremos o cinema e o audiovisual como atividade plenamente sustentável, inovadora, consistente cultural e economicamente e acessível a toda população brasileira.
A revolução tecnológica na era da convergência digital constitui sem dúvida o maior avanço da humanidade nos últimos séculos. Tão grande ou maior que a velocidade das transformações, são os desafios a serem enfrentados, com paradigmas que apontem também para a profunda transformação do homem. Precisamos ousar. Precisamos sonhar e agir sem medo de transformar o sonho em realidade. É preciso, sobretudo unir a sociedade para as grandes transformações necessárias em todas as áreas do conhecimento humano. É longo o caminho a ser percorrido, muito já foi feito, muito mais há por fazer.
É preciso não só desonerar a carga tributária sobre os insumos e serviços do audiovisual como também ampliar os recursos e os instrumentos próprios de financiamento da atividade. E, antes de tudo, é preciso desburocratizar e aperfeiçoar o processo de aprovação e avaliação dos projetos culturais tendo em conta o pacto federativo e a diversidade cultural, dentro de um pensamento sistêmico que aponte um projeto amplo de desenvolvimento sustentável do audiovisual.
Entendemos que a nova lei de incentivo a cultura em tramitação e também propostas como vale cultura, pontos de cultura, salas de exibição, bibliotecas apontam para a democratização da ação cultural e da economia criativa. Não obstante, alertamos que tais iniciativas poderão perder-se se não houver regulamentação das atividades, dentro do marco da Convenção da diversidade Cultural da UNESCO. Além dessa salvaguarda, necessário é ,também, ter mecanismos nacionais de distribuição e exibição e políticas que favoreçam a inserção da produção do cinema e do audiovisual no mercado nacional e internacional. Apontamos a urgência na implementação de fundos setoriais regionais de fomento ao audiovisual, dentro de um ambiente de co-produção e intercâmbios.
Nós queremos que o cinema nacional seja realmente expressão da diversidade e da universalidade da nossa cultura, herdeiras de povo e ordinárias e transplantadas que aqui se amalgamam. Queremos o cinema e o audiovisual brasileiro em todas as salas e em todas as janelas de exibição. Todos os municípios brasileiros devem ter salas de cinema multiusos e o nosso conteúdo deve estar em todos os circuitos de televisão, aberta, paga e em todas as plataformas existentes, notadamente no cinturão de banda larga que interligará todos os municípios brasileiros, bem como nas universidades e nas escolas. Para isso reivindicaremos a digitalização de acervos audiovisuais e sua acessibilidade ao público, através de filmotecas virtuais, com portais federais e estaduais.
Sabemos que a ampliação da demanda acarreta em novos desafios para os produtores. É preciso uma política consistente de formação de quadros para o audiovisual envolvendo desde a formação de técnicos ao fomento de pesquisas e cursos técnicos, com publicações especializadas que acompanhem o desenvolvimento do setor.
Não se constrói o futuro sem conhecimento e valoração da história. O esforço pela preservação deve ser responsabilidade de todos os envolvidos. Nós queremos não a guarda estática da produção, mas a memória viva, servindo para a formação da juventude, disponível nas grades de programação televisiva e nos centros de formação. E aqui enfatizamos nosso apoio a maior profusão de emissoras públicas de TV educativa, visíveis em todas as plataformas, reconhecendo a importância de TV regional com janelas de intercâmbio, transmitindo para todo o país.
Reconhecemos o esforço na condução da formulação de uma nova lei de direito autoral e demos nossa contribuição apontando as especificidades do audiovisual. Cabe-nos agora, a responsabilidade de acompanhar a tramitação do novo projeto de lei com vistas a preservar os direitos dos autores do audiovisual. E, como complemento desse esforço, decidimos apoiar a institucionalização de uma associação de gestão coletiva dos direitos autorais do audiovisual.
Aos nossos futuros governantes e representantes nos legislativos estaduais e federais que serão eleitos, recomendamos a imediata aprovação de projetos de lei e propostas fundamentais ao avanço e fortalecimento do audiovisual e da cultura brasileira, tais como, o PLS 116, os PLs 6722 (Procultura), PL6835 (Plano Nacional de Cultura), PL 5798 (Vale Cultura), as PECs 416 (Sistema Nacional de Cultura), PEC 49 (Cultura como Direito Social), PEC 324 (Ampliação dos Recursos Destinados à Cultura pela União, Estados e Municípios), solicitamos ainda mudanças na Lei 8.666 adequando-a a natureza das atividades artísticas e culturais, a regulamentação do Capítulo 5 e do Artigo 221, da Constituição Federal, a renovação da PL 102 – Artigo 1º do Audiovisual e finalmente, a prorrogação pela ANCINE, até após a eleição presidencial, da Consulta Pública sobre a IN22.
Finalmente anunciamos, que, neste oitavo Congresso Brasileiro de Cinema e Audiovisual, o futuro bateu à porta e nós a abrimos.
Viva o cinema e o audiovisual brasileiro!
Mais na fonte : http://blogs.utopia.org.br/cbc/2010/09/15/carta-de-porto-alegre-2/

Reunião do Pcult , hoje no Beco do Rato ás 19horas

Aproveito o espaço para repassar a convocatória da Reunião de Hoje do PCult no Beco do Rato ás 19h, no email que segue abaixo tem uma breve explicação sobre o grupo que é aberto e se propões a discutir e sugerir propostas de políticas publicas na área cultural ,no nosso caso Rio de Janeiro ma o processo é nacional e a adesão espontânea. (http://partidodacultura.blogspot.com/)
Email encaminhado por Frederico Cardoso

Caros,
Meses atrás, depois de incubado pelo Coletivo Fora do Eixo (www.foradoeixo.org.br), o Partido da Cultura (http://partidodacultura.blogspot.com) iniciou seus trabalhos por todo o país. Sendo bem sucinto, a proposta não é se transformar num partido político formal como os já existentes, mas unir trabalhadores da arte e da cultura, entusiastas, amores e amantes e, para além de simplesmente pontuar demandas e entregá-las, estabelecer canais de comunicação permanentes entre nós e os eleitos, no sentido de sistematizarmos ações que nos levem ao atendimento das demandas – no meio do caminho, remodelar as propostas, aparar arestas, definir prioridades e cronograma, trabalhar em conjunto com os parlamentares eleitos (e o executivo do estado).
No Rio de Janeiro, as pessoas copiadas nesta mensagem colaboraram na construção do documento que mando em anexo (temos aí produtoras, ONGs, a ECO/UFRJ, a ASCINE-RJ, a ABDeC-RJ e até mesmo colaboradores de outros estados – parte do manifesto de MG foi incorporado ao nosso documento e estamos em comunicação direta com o Massa Coletiva, de São Carlos ), mas não consideramos o documento fechado.
Nos interessa o processo e faz parte do processo nunca engessar.
Ou seja, aos que recebem esta mensagem, a convocação é muito simples. Colaborem com a construção do documento e aproximem o PCult RJ de candidatos de qualquer partido político formal (suprapartidariamente, ressaltamos) e vamos agendando encontros.

Como as agendas dos candidatos estão cada vez mais apertadas, adotamos como procedimento que a candidatura marque local, horário e data e nós comparecemos de alguma forma (grupos maiores, duplas, trios, importa representarmos o PCult e defendermos as propostas).

A lista circuito-rj é bem ampla e a utilizaremos para todas as comunicações, mas espalhem tudo relacionado ao PCult nas redes que fazem parte, pois engrossar o caldo é preciso (listas da ABDeC, da ASCINE, etc.).

Vamos ao que está em andamento e qualquer dúvida, esclarecimento, questionamento, postem aqui e vamos afinando os instrumentos (em verde os acertados e em anexo suas assinaturas):

- Sergio Camargo (Federal/PV): Falado e topado de boca. Aguardamos o documento assinado e escaneado.
- Aspásia (Estadual/PV): Documento assinado em anexo (devendo circular para outros candidatos e provavelmente teremos mais adesões).
- Chico Alencar (Federal/PSOL): Documento assinado em anexo (devendo circular para outros candidatos e provavelmente teremos mais adesões – Freixo / Estadual, Milton Temer / Senador e Renato Cinco / Federal devem ser os próximos).
- Molon (Federal/PT): Aguardamos agendamento, mas a conversa por telefone foi promissora.
- Stepan (Federal/PPS): Aguardamos agendamento, mas a conversa por telefone foi promissora.
- C. Minc (Estadual/PT): Aguardamos agendamento, mas a conversa por telefone foi promissora.
- Bittar (Federal/PT): Falado e topado de boca. Aguardamos o documento assinado e escaneado.
- Alexandre Cardoso (Federal/PSB): Documento assinado em anexo (devendo circular para outros candidatos e provavelmente teremos mais adesões).
- Lindberg (Senador/PT): Ivana está articulando.
- André Barros (Federal/PT): Ivana está articulando.
Como podem ver, estamos fracos no contato com candidatos a Dep. Estadual.
Pra encerrar esta mensagem, convidamos todos para um encontro entre nós 19 horas HOJE (e desculpem o em cima da hora, mas teremos outras com mais tempo de antecedência), quinta feira (16/09) no Beco do Rato (Rua Joaquim Silva, 11, Lapa, Rio de Janeiro, capital).
O encontro servirá para nos conhecermos melhor e para divisão de tarefas básicas – a peteca não pode cair.
Abraços,
Frederico Cardoso
frederico@cinemaiscultura.org.br
OBS: n ao consigo postar os anexos no blog, mas eles podem ser enviados por email .
O beco do rato fica na na Moraes e Vale , Beco , cruzamento com a Joaquim Silva 11, Próximo a rua da Lapa na altura da ACM.
A.Sandino
sandinoandre@gmail.com
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sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Direito Autoral Ministro Juca Ferreira apresenta os resultados da Consulta Pública sobre a revisão da lei

Publicado em http://www.cultura.gov.br/site/2010/09/09/direito-autoral-21/
O ministro da Cultura, Juca Ferreira, concedeu coletiva à imprensa, na manhã desta quinta-feira, 9 de setembro, em Brasília, para apresentar os resultados da Consulta Pública realizada pelo Ministério, sobre a modernização da Lei de Direito Autoral.

Ele apontou a necessidade de transparência no sistema de arrecadação e a criação de uma unidade administrativa para mediação de conflitos, como sendo as principais modificações aprovadas pela sociedade civil, durante a Consulta. Foram destacadas, também, solicitações de aperfeiçoamento nos itens que tratam sobre o uso das obras intelectuais para fins educacionais e como recurso criativo, além da necessidade de aprimoramento das propostas da legislação autoral para a área da rede mundial de computadores.

Ao todo, foram recebidas 8 mil 431 manifestações durante a Consulta Pública, sendo que 7 mil 863 via Internet e outras 568 por meio de documentos impressos ou emails. Deste montante, 58% foram de contribuições para o aperfeiçoamento do texto e 42% apenas de posicionamentos sobre dispositivos apresentados no anteprojeto, sem propostas concretas.

Também foram detectadas repetições de centenas de participações com um mesmo padrão de conteúdo, a partir de poucos endereços IP. “Essa é uma situação que o ambiente virtual permite e que nós identificamos como spans, dentro do processo de avaliação dos resultados”, comentou o ministro.

Juca Ferreira disse que a equipe técnica do Ministério da Cultura continuará fazendo a análise das contribuições, com vistas à produção de um relatório técnico, que deverá passar por avaliações dentro do governo, antes de ser encaminhado ao Congresso Nacional, ainda este ano.

Enfatizou, ainda, a necessidade de harmonização do direito do autor com o crescimento do acesso do público às obras, como sendo condição fundamental ao desenvolvimento de uma economia da Cultura no País e à consequente melhora na remuneração dos criadores.

“A primeira pesquisa feita com a nova classe média que está surgindo no Brasil (cerca de 30 milhões de indivíduos), aponta o desejo destas pessoas de terem um lazer de melhor qualidade”, comentou. “Este é um combustível importante para o consumo dos bens culturais e para a inclusão da boa parte da população brasileira”, complementou.

Segundo o ministro, a atual legislação traz algumas ilegitimidades que precisam ser superadas, tais como a regulamentação das cópias de material didático e dos downloads da Web, sob pena do País ter que passar os próximos anos correndo atrás de alunos que fazem cópias de livros ou de jovens que baixam músicas na Internet.

Novo edital

Acompanharam o ministro Juca Ferreira na coletiva, o diretor de Direitos Intelectuais do MinC, Marcos Alves de Souza, e o secretário de Políticas Culturais (SPC/MinC), José Luiz Herencia. Respondendo a uma pergunta da imprensa sobre cópia reprográfica, Marcos disse que as empresas operadoras das máquinas de reprodução têm obrigação de remunerar os titulares das obras e que estes devem se organizar em associações coletivas de gestão dos direitos autorais, para fiscalizarem o processo.

O secretário José Luiz Herencia afirmou que o MinC está em processo final de elaboração de um edital de fortalecimento da gestão coletiva. O apoio será dado tanto na forma de informações técnicas como na destinação de recursos para a formação destas entidades, principalmente para segmentos de criadores que ainda não estão organizados.

balanco coletiva (http://www.cultura.gov.br/site/wp-content/uploads/2010/09/balanco_coletiva1.pdf)

(Texto: Patrícia Saldanha)
(Fotos: Pedro França)
(Comunicação Social/MinC)

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Hoje 9/9/2010 no Cineclube Beco do Rato

Caros , segundo o ClimaTempo(site) hoje chove dia e noite, mas ficamos no aguardo com um programa no bolso.Programa que, em alguns momentos lembra praia em dia quente e lentidão proveniente de iminente necessidade de entrar em estado de contemplação, afim de perceber as coisas a partir de outros estímulos, com uma ótima trilha sonora original .
Hoje , começa no Rio a Semana do Realizador ,vale apena dar um pulo no blog e conferir a programação : http://semanadosrealizadores.blogspot.com/
Iniciamos os trabalhos como a roda de Choro do Receia de Choro ás 20 horas e lá pelas 23:30 iniciamos a sessão do cieclube .
O beco do Rato fica na rua Joaquim Silva, 11 -Lapa, Rio de Janeiro, ao lado da rua Moraes e Vale .
Filmes :
Pretinho Babylon
Dir:Cavi Borges
Posto 9
Dir:Frederico Cardoso

O cineclube Beco do Rato é filiado a Ascine-RJ e ao CNC

Aniversario do Cineclube Atlântico Negro Hoje no tempo Glauber

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

II Semana dos Realizadores

A II SEMANA DOS REALIZADORES divulgou a seleção de filmes que compõem sua programação de 2010. No total, serão exibidos 11 longas-metragens de seis diferentes estados do país, no Unibanco Arteplex. O filme de abertura será Desassossego (filme das maravilhas), criação coletiva de 14 cineastas brasileiros, que terá sua premiere mundial na Mostra. No encerramento será exibido o longa O Último Romance de Balzac, de Geraldo Sarno, que levou o prêmio especial do júri no Festival de Gramado.

Desassossego (filme das maravilhas) é um projeto coletivo coordenado por Felipe Bragança e Marina Meliande, e realizado junto a outros doze cineastas: Karim Aïnouz, Raphael Mesquita, Leonardo Levis, Gustavo Bragança, Caetano Gotardo, Marco Dutra, Juliana Rojas, Carolina Durão, Andrea Capella, Ivo Lopes Araújo, Helvécio Marins e Clarissa Campolina. É a terceira parte da trilogia Coração no Fogo, que foi aberta por A Fuga da Mulher-Gorila (exibido na I SEMANA DOS REALIZADORES) e por A Alegria, filme que estreou na Quinzena dos Realizadores de Cannes, em maio deste ano.

A SEMANA também promove a estreia no Brasil de Avenida Brasília Formosa, de Gabriel Mascaro, que teve sua premiere mundial em fevereiro dentro do prestigiado Festival de Roterdã, e já passou por vários festivais internacionais na Alemanha, Argentina, Chile, México e Canadá. Através do cotidiano de quatro moradores da favela de Brasília Teimosa, em Recife, o diretor desafia os limites entre ficção e documentário.

Outro destaque é a pré-estreia de Terras, de Maya Da-Rin (Margem), que será lançado no circuito carioca no dia 17 de setembro. O documentário realizado nas cidades que ficam na fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru, estreou no festival de Locarno, na Suíça, e já esteve em diversos festivais nacionais e internacionais, vencendo quatro prêmios entre eles Prêmio Las Cámaras de la Diversidad, no 25º Festival Internacional de Cine de
Guadalajara.

Vencedor da Mostra Tiradentes, tanto do prêmio da crítica quanto do júri jovem, Estrada para Ythaca, co-dirigido por quatro jovens realizadores cearenses, também integra a seleção. A ficção sobre quatro amigos (interpretados pelos próprios diretores) que partem numa viagem de carro sem destino certo, após a morte de um amigo em comum, também já esteve no BAFICI, em Buenos Aires.

Duas produções locais fazem a estreia carioca na SEMANA: Chantal Akerman, de Cá, de Gustavo Beck e Leonardo Luiz Ferreira, sobre a cineasta belga. Foi único filme brasileiro exibido na competição do FID Marselha, um dos principais eventos de documentários do mundo; e Laura, de Fellipe Barbosa, que acompanha uma jovem brasileira nas maiores festas do jet set de Nova York.

A seleção de filmes da II SEMANA DOS REALIZADORES inspirou uma série de três debates, organizada pelo Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ, com os diretores no campus da universidade na Praia Vermelha, entre os dias 8 e 10 de setembro. Além disso, festivais parceiros do evento (Santa Maria da Feira, em Portugal; Black Nights, na Estônia; Cape Winelands, na África do Sul) selecionarão um filme cada para suas próximas edições, o que será anunciado na noite do encerramento.

No dia 1º de setembro, a organização do festival divulgará a programação diária do evento e a lista de curtas metragens que participarão desta edição.

LISTA COMPLETA DOS SELECIONADOS:

Filme de abertura:
DESASSOSSEGO (filme das maravilhas), direção coletiva (RJ/SP/MG/CE)

Filme de encerramento:
O ÚLTIMO ROMANCE DE BALZAC, de Geraldo Sarno (RJ)

Outros filmes selecionados:
AVENIDA BRASÍLIA FORMOSA, de Gabriel Mascaro (PE)
CHANTAL AKERMAN, DE CÁ, de Gustavo Beck e Leonardo Luiz Ferreira (RJ)
ESTRADA PARA YTHACA, de Guto Parente, Luiz Pretti, Pedro Diógenes e Ricardo Pretti (CE)
A FALTA QUE ME FAZ, de Marília Rocha (MG)
LAURA, de Fellipe Barbosa (RJ)
MULHER À TARDE, de Affonso Uchoa (MG)
PACIFIC, de Marcelo Pedroso (PE)
TERRAS, de Maya Da-Rin (RJ)
A ÚLTIMA ESTRADA DA PRAIA, de Fabiano de Souza (RS)
MOSTRA DE FILMES

Unibanco Arteplex
Praia de Botafogo, 316

Quinta-Feira, 9 de setembro – SESSÃO DE ABERTURA
21h30
DESASSOSSEGO (filme das maravilhas)
RJ/SP/MG/CE, 2010, 55min, HDCAM
Direção: Felipe Bragança e Marina Meliande (coordenadores), Karim Aïnouz, Marco Dutra, Juliana Rojas, Gustavo Bragança, Helvécio Marins, Clarissa Campolina, Raphael Mesquita, Leonardo Levis, Ivo Lopes Araujo, Carolina Durão, Andrea Capella, Caetano Gotardo.
Sinopse: Baseados em uma carta inspirada em um bilhete escrito por uma menina de 16 anos, quatorze cineastas do Rio, de Minas, do Ceará e de São Paulo, dirigiram os fragmentos de aventura, utopia e explosão reunidos neste filme. Terceira parte da trilogia Coração no Fogo.

O MUNDO É BELO
CE, 2010, 8min, HD
Direção: Luiz Pretti
Sinopse: Você sentia isso quando era jovem? Essa ternura por todas as coisas? Um desejo vago? Começa aqui e vai subindo até dar vontade de chorar.

Sexta-Feira, 10 de setembro
21h30
AVENIDA BRASÍLIA FORMOSA
PE, 2010, 85min, HD
Direção: Gabriel Mascaro.
Sinopse: Fábio é garçom e cinegrafista. Registra importantes eventos no bairro de Brasília Teimosa (Recife). No seu acervo, raras imagens da visita do presidente Lula às palafitas. Fábio é contratado pela manicure Débora para fazer um videobook e tentar uma vaga no Big Brother. Também filma o aniversário de 5 anos de Cauan, fã do Homem Aranha. Já o pescador Pirambu mora num conjunto residencial construído pelo governo para abrigar a população que morava nas antigas palafitas do bairro, que deu lugar à construção da Avenida Brasília Formosa.

NEGO FUGIDO
BA, 2009, 16min, 35mm
Direção: Cláudio Marques e Marília Hughes.
Sinopse: Dois jovens artistas partem para conhecer um antigo ritual que revive a fuga dos escravos, no interior do Brasil. Lá, eles se envolvem com a celebração de uma forma inesperada!

Sábado, 11 de setembro
21h30
ESTRADA PARA YTHACA
CE, 2010, 70min, HD
Direção: Guto Parente, Luiz Pretti, Pedro Diógenes, Ricardo Pretti.
Sinopse: Quatro amigos – interpretados pelos quatro diretores – recentemente perderam um quinto. Depois de uma noite de bebedeira eles se lançam numa viagem para a cidade natal do amigo falecido, Ythaca. Não parecem estar à procura de um lugar real, mas sim de algo que tem estado com eles desde o início do filme, algo que envolve amizade, silêncio, descoberta e Cinema.

BORBOLETAS INDÔMITAS
SP, 2010, 17min, 35mm
Direção: Daniel Chaia.
Sinopse: Num quarto de hotel, três mulheres deslumbrantes e um senador de hábitos estranhos.

Domingo, 12 de setembro
21h30
A ÚLTIMA ESTRADA DA PRAIA
RS, 2010, 93min, HD
Direção: Fabiano de Souza.
Sinopse: Leo, Norberto e Paula são muito mais que amigos. No início de uma viagem para o litoral, conhecem um estranho que não fala. Os quatro partem num périplo em que o sabor do percurso é vivenciado sem pressa. Enquanto o amigo silencioso se defronta com seus temores, Leo, Norberto e Paula mergulham nas fronteiras de um relacionamento triangular. Nas areias intermináveis das praias gaúchas, eles descobrem que é impossível ser alegre o tempo inteiro. Inspirado em O Louco do Cati, de Dyonélio Machado.

BAILÃO
SP, 2009, 17min, 35mm
Direção: Marcelo Caetano.
Sinopse: A memória de uma geração visitada por seus personagens. O cenário é o centro de uma grande cidade; o enredo, a urgência da vida. E o Bailão, o ponto de convergência dessas histórias.

Segunda-Feira, 13 de setembro
20h00 – SESSÃO ESPECIAL “PROFUNDEZAS À FLOR DA PELE”
HANDEBOL
RJ, 2010, 19min, 35mm
Direção: Anita Rocha da Silveira.
Sinopse: Bia é uma garota como tantas outras: gosta de rock, handebol e sangue.

CAOS
SP, 2010, 15min, 35mm
Direção: Fábio Baldo.
Sinopse: Um homem recebe o chamado do sol.

O CAPITÃO CHAMAVA CARLOS
SP, 2010, 19min, 35mm
Direção: Andradina Azevedo e Dida Andrade.
Sinopse: Uma noite na vida de um torturador.

O SARCÓFAGO
BA, 2010, 19min, 35mm
Direção: Daniel Lisboa.
Sinopse: Um homem e sua peleja contra o inevitável processo de corrosão da carne e a tentativa de dominá-lo, retardá-lo, ignorá-lo. Um pós-exu, um pré-cyborg que corta a cidade como uma nota rebelde de rock’n roll.

TCHAU E BENÇÃO
PE, 2009, 10min, MiniDV
Direção: Daniel Bandeira.
Sinopse: Música tocando, coisas na caixa e ela a caminho. Tudo pronto para o fim.

22h00
PACIFIC
PE, 2009, 72min, DVCam
Direção: Marcelo Pedroso.
Sinopse: Uma viagem de sonho em um cruzeiro rumo a Fernando de Noronha. As lentes dos passageiros captam tudo a todo instante. E eles se divertem, brincam, vão a noitadas. Desfrutam de seu ideal de conforto e bem-estar. E, a cada dia, aproximam-se mais do tão sonhado paraíso tropical…

FANTASMAS
MG, 2010, 11min, DVCam
Direção: André Novais Oliveira.
Sinopse: O fantasma da ex.

Terça-Feira, 14 de setembro
20h00
A FALTA QUE ME FAZ
MG, 2009, 85min, 35mm
Direção: Marília Rocha.
Sinopse: Durante um inverno, um grupo de meninas vive o fim da juventude. Um romantismo impossível deixa marcas em seus corpos e na paisagem a seu redor.

BALANÇOS E MILKSHAKES
MG, 2010, 9min, 35mm
Direção: Erick Ricco e Fernando Mendes.
Sinopse: Um amor vivido por duas crianças é lembrado por um narrador.

22h00
CHANTAL AKERMAN, DE CÁ
RJ, 2010, 61min, HDCam
Direção: Gustavo Beck e Leonardo Luiz Ferreira.
Sinopse: Um vídeo de entrevista.

HARUO OHARA
PR, 2010, 16min, HD
Direção: Rodrigo Grota.
Sinopse: “Hoje você vê a flor. Agradeça à semente de ontem.”

Quarta-Feira, 15 de setembro
20h00
MULHER À TARDE
MG, 2010, 96min, HD
Direção: Affonso Uchoa.
Sinopse: Três mulheres em uma casa. Por uma tarde.

RUÍDO NEGRO
RJ, 2009, 15min, MiniDv
Direção: Vladimir Seixas.
Sinopse: Fragmentos da vida de 3 mulheres descendentes de escravos.

22h00
LAURA
RJ/EUA, 2010, 52min, HD
Direção: Fellipe Barbosa.
Sinopse: A história de uma imigrante argentino-brasileira em Nova York que freqüenta as festas da alta sociedade, os restaurantes mais caros da cidade, as pré-estréias dos filme mais quentes, enquanto esconde uma realidade pobre, incongruente com o mundo que habita.

CORPO PRESENTE: CYNTHIA (work in progress)
SP, 2010, 20min, HD
Direção: Marcelo Toledo e Paolo Gregori.
Sinopse: Cynthia adora dançar. Trabalha à noite numa boate da Rua Aurora, no centro da cidade. À tarde, é manicure em um pequeno salão de beleza. Junta dinheiro para estudar dança no Japão.

Quinta-Feira, 16 de setembro
20h00
TERRAS
RJ, 2009, 75min, 35mm
Direção: Maya Da-Rin.
Sinopse: Na fronteira tríplice entre Brasil, Colômbia e Peru, as cidades gêmeas Letícia e Tabatinga formam uma ilha urbana cercada pela imensa floresta amazônica. As delimitações territoriais são muitas vezes encobertas pela densa vegetação e as fronteiras se confundem nos corpos e rostos de seus moradores. Terras acompanha o ritmo deste lugar de encontro e passagem, aproximando-se do cotidiano de seus habitantes.

22h00
O ÚLTIMO ROMANCE DE BALZAC
RJ, 2010, 74min, HD
Direção: Geraldo Sarno.
Sinopse: Em 1965, Waldo Vieira, médium espírita que trabalhava com Chico Xavier, psicografa o romance Cristo espera por ti, ditado pelo espírito do escritor francês Honoré de Balzac. O psicólogo Osmar Ramos Filho dedica-lhe 10 anos de estudos e, a partir dele, faz interpretação bastante original do romance La peau de Chagrin (A pele de onagro), que o filme encena em forma de cinema mudo. Então o filme nos lança num tema talvez bastante atual: o de um Fausto moderno, do artista que se confronta com o suicídio na medida em que se convence que a realização da obra de arte o leva à morte. A arte mata o artista, um tema caro a Balzac.

Para mais informações sobre a II SEMANA DOS REALIZADORES, visite http://semanadosrealizadores.blogspot.com/
ou entre em contato pelo email: novissimocb@gmail.com

Assessoria de imprensa:
Primeiro Plano Comunicação
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